Clube de Leitura reforça a importância dos livros no aprendizado

Clube de Leitura reforça a importância dos livros no aprendizado
Encontros contribuem à prática pedagógica na rotina educacional

Aprender, conhecer o novo, viajar sem sair do lugar. Muitos são os significados quando pensamos na importância da leitura, independente da faixa etária. E esse hábito cultural entre a população tem perdido força nos últimos anos. Recente levantamento desenvolvido pelo Instituto Pró-Livro, em parceria com o Itaú Cultural, em 208 municípios, de 26 estados, apontou que o Brasil perdeu 4,6 milhões de leitores entre 2015 e 2019.

Cinco dicas para quem deseja criar um Clube de Leitura

Uma das saídas para enfrentar essa realidade é divulgar, debater e incentivar o hábito da leitura, principalmente quando falamos de educação e aprendizagem escolar, como indica o secretário estadual da Educação, Rossieli Soares. “A atuação de uma rede de ensino comprometida mantém o poder de cativar e propagar a importância dos livros, através de conversas e trocas de experiências literárias”, conta.

Desenvolvido pela Núcleo de Biblioteca e Documentação (NBDOC), vinculado ao Centro de Referência em Educação Mario Covas (CREMC) da Efape (Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação do Estado de São Paulo), o Clube de Leitura “Gato Preto” foi inaugurado em 2017. Depois, as participações incluíram profissionais da rede Seduc-SP. O nome homenageia a primeira leitura: o conto “Gato Preto”, do livro “Histórias Extraordinárias”, de Edgar Alan Poe.

Entre outros objetivos, os envolvidos buscam proporcionar um diálogo construtivo para significar a prática pedagógica, com o uso de plataformas e recursos para, inclusive, lidar com a juventude no âmbito educacional.

Debates virtuais

Desde o ano passado, com a pandemia, os encontros presenciais passaram para o mundo virtual, à distância, uma vez por mês. Atualmente, ocorrem na última sexta-feira do mês, em dois horários: das 10h às 11h30 e das 14h30 às 16h, via Microsoft Teams, sempre com livros disponíveis para download do Domínio Público. “A dama das Camélias”, de Alexandre Dumas; “Uma temporada no inferno”, de Arthur Rimbaud; e “Bom Criolo”, de Adolfo Caminha, são alguns exemplos de leitura. A próxima será “Livro do Desassossego”, de Fernando Pessoa, em 30 de abril.

Nos últimos cinco anos, foram 30 encontros realizados – 15 deles em 2020.

A experiência bem sucedida motivou a criação, em maio de 2020, também pelo CREMC, do Clube de Leitura Colmeia. Este, porém, voltado para debates e compartilhamentos de experiências de práticas pedagógicas entre professores, refletidas a partir da leitura de textos pedagógicos e materiais propostos nas formações promovidas pela Seduc-SP.

Espaços, acervo e orientações diversificadas

Outra ação em curso sobre o tema na Seduc-SP é a Sala de Leitura. Desde 2009, o programa dialoga com as exigências do mundo contemporâneo, no que diz respeito a acesso cotidiano a fontes de informação e cultura atualizadas e diversificadas para colaborar no desenvolvimento das competências e habilidades de leitura e escrita.

Os espaços pedagógicos dinâmicos atuam de forma interdisciplinar e inovadores de convivência, com atividades de promoção da leitura, escrita e pesquisa, incentivo ao protagonismo, à inclusão e a criatividade de alunas e alunos de todas as faixas etárias.

As modalidades de ensino atendidas contam com acervos organizados e de livre acesso para pesquisa e letramento informacional. Ao longo dos últimos anos, as escolas receberam acervos de diversos programas. Entre eles, o Programa Nacional do Livro e Material Didático (PNLD), Acervo Sala de Leitura e Cultura é Currículo (ambos estaduais), além dos acervos adquiridos pelas próprias escolas.

De acordo com a Coordenadoria Pedagógica (Coped), atualmente, são mais de 3.600 escolas, quem contam com mais de 1800 professores atribuídos